‘’O reconhecimento da magnitude da queda da mortalidade pelo
AVC, atribuída à adesão ao tratamento e controle da HA (hipertensão arterial)
em outros países é importante para o Brasil, pelo excesso de casos que ocorre
em idades economicamente produtivas na população. O Brasil está entre a minoria
de países cuja primeira causa de morte é o AVC e não a DAC 19.Hospitalização
pela HA e por suas complicações em 2004 e a mortalidade proporcional pelas
mesmas causas em 2003, ilustram parcialmente as repercussões da não-adesão ao
tratamento da HA. O impacto social negativo é percebido nas tabelas pelas
elevadas proporções de casos em idades economicamente produtivas (20 a 64
anos). Não adesão, tratamento inadequado, diagnóstico de HA desconhecido e
falta de acesso à assistência ou ao tratamento são as mais prováveis
explicações. As informações sobre morbidade excluem pessoas assistidas pelos
planos ou seguros de saúde e pela medicina privada, mas, os dados de óbito não
discriminam classe social nem tipo de assistência médica precedente. ’’
O texto acima ilustra o problema da não adesão ao tratamento
ou a adesão de forma incorreta em pacientes hipertensos. Erros desse tipo ao
longo do tratamento representam complicações e óbitos, em alguns casos. Sendo assim, se faz necessário que haja o
conhecimento da importância da adesão ao tratamento, seguir corretamente as
recomendações salva vidas.
Artigo - Impacto social da não-adesão ao tratamento da
hipertensão arterial No compliance to hypertension treatment – social and
economic impact
Ínes Lessa1
Rev Bras Hipertens vol.13(1): 39-46, 2006.